Como funciona uma Holding Familiar na prática? Entenda passo a passo
Você já ouviu falar em holding familiar, entendeu seus benefícios — mas ainda tem dúvidas sobre como ela funciona na prática? Essa é uma dúvida comum de muitas famílias que consideram proteger e organizar seu patrimônio por meio dessa estrutura jurídica.
Neste artigo, vamos mostrar de forma clara e objetiva como funciona uma holding familiar, desde sua constituição até o momento em que passa a operar efetivamente. Tudo com a linguagem simples que o Goularte Advogados Associados, de Blumenau – SC, sempre prioriza.
O que acontece na prática?
1. Criação da empresa (a célula cofre)
O primeiro passo é constituir uma empresa com CNPJ, chamada de célula cofre. Essa empresa terá como objeto social principal a participação societária e administração de bens, e será controlada pelos membros da família.
É nela que todo o patrimônio familiar será centralizado.
2. Transferência dos bens para a holding
Com a empresa criada, os bens da família (como imóveis, participações em empresas, aplicações financeiras) são transferidos para o nome da holding.
Isso é feito por meio de aumento de capital social, usando os valores já declarados no imposto de renda.
Esse procedimento permite economia tributária e segurança jurídica, e em muitos casos garante imunidade ao ITBI.
3. Estruturação jurídica com proteção e governança
Após a transferência dos bens, a holding é estruturada com instrumentos jurídicos que garantem proteção patrimonial, controle administrativo e regras claras de sucessão e governança familiar.
Esses ajustes permitem que os pais mantenham o comando e os rendimentos dos bens, mesmo com a antecipação da sucessão, evitando disputas, penhoras, interferência de terceiros ou desequilíbrio na gestão. Tudo isso é feito com base em cláusulas específicas do direito societário e patrimonial, que garantem segurança jurídica e estabilidade no longo prazo.
4. Doação das cotas com “gatilho”
Os sócios podem fazer a doação das cotas da holding aos herdeiros, já prevendo as regras de sucessão.
Mas, na prática, nada muda no dia a dia da gestão: os pais continuam administrando tudo com autonomia até o falecimento, quando o sistema é “disparado” automaticamente — sem inventário.
5. Gestão patrimonial empresarial
A holding passa a ser a proprietária formal dos bens da família, e sua administração segue regras claras, como em qualquer empresa. Isso permite:
- Controle financeiro centralizado
- Emissão de notas fiscais em nome da holding
- Contratos de aluguel com menos impostos
- Gestão patrimonial organizada e profissional
Em Blumenau – SC e em todo o Estado de Santa Catarina
A estrutura da holding familiar tem sido cada vez mais utilizada por famílias de Blumenau e de outras cidades catarinenses, especialmente aquelas com imóveis, negócios próprios ou herdeiros em fases distintas da vida.
Em Santa Catarina, a antecipação da estruturação também é estratégica diante de debates sobre possível aumento do ITCMD, o que reforça a urgência preventiva.
Conclusão
Na prática, a holding familiar não é complexa — desde que bem orientada. Com acompanhamento jurídico adequado, a família organiza seus bens, reduz riscos e prepara o terreno para um futuro patrimonial seguro e sem litígios.
📍 Desde 1993, o Goularte Advogados Associados, com sede em Blumenau – SC, orienta famílias na implementação completa da holding familiar, com segurança, transparência e planejamento personalizado.
