A ideia de que a holding familiar evita o inventário é verdadeira — mas com uma condição importante:
Somente os bens e cotas que forem corretamente transferidos e planejados fora do CPF serão excluídos do inventário.
Ou seja: a holding pode ser o fim do inventário, desde que a estrutura esteja completa.
Neste artigo, o Goularte Advogados Associados, com sede em Blumenau – SC, explica o que precisa ser feito para que a holding cumpra seu papel — e os cuidados essenciais para não deixar brechas que levem parte do patrimônio para o inventário.
O que evita o inventário?
A holding evita o inventário porque permite:
- Centralizar os bens na pessoa jurídica
- Fazer a doação das cotas da empresa aos filhos em vida
- Aplicar cláusulas de proteção, mantendo o comando com os pais
- Organizar a sucessão de forma empresarial e contínua
Se todos os bens forem transferidos para a holding, e as cotas doadas em vida, o inventário é totalmente evitado.
Mas atenção: o que estiver no CPF vai para o inventário
Se os bens — imóveis, aplicações, veículos ou cotas — continuarem no nome da pessoa física (CPF), eles serão obrigatoriamente inventariados após o falecimento.
Isso inclui:
- Imóveis que não foram integralizados à holding
- Contas bancárias ou investimentos pessoais
- Cotas da holding que ainda estiverem no nome dos pais
Ou seja, ter uma holding não basta — é preciso usá-la corretamente.
E se os pais continuarem sócios da holding?
Muitos pais criam a holding, transferem os bens para a empresa, mas mantêm 100% das cotas no próprio nome.
Quando isso acontece:
- As cotas da holding entram no inventário, assim como qualquer outro bem pessoal
- Os filhos terão que enfrentar o processo judicial ou cartorário para recebê-las
- O patrimônio continuará travado, com custos e riscos de conflito
Só a estruturação completa evita o inventário: doação das cotas + cláusulas de proteção.
O que fazer para evitar o inventário de verdade?
- Transferir os bens para a holding (integralização)
- Doar as cotas da holding aos filhos em vida, com usufruto, reversão e administração garantida aos pais
- Zerar o patrimônio no CPF, mantendo apenas o que for de uso pessoal ou necessário
Assim, tudo o que for relevante estará protegido, organizado e fora do inventário.
Conclusão
A holding familiar pode, sim, ser o fim do inventário — mas só se for bem estruturada.
Deixar bens ou cotas no CPF é manter a porta aberta para burocracias, custos e disputas.
Com planejamento, doação estratégica e cláusulas de proteção, a família garante segurança, continuidade e tranquilidade para o futuro.
O Goularte Advogados Associados, com sede em Blumenau – SC, estrutura holdings familiares completas, com foco em evitar o inventário, proteger o patrimônio e manter o comando nas mãos certas — sempre com base jurídica sólida e personalizada.





